La Révolution.

La Révolution é uma série francesa que lembra uns quadrinhos da Marvel.

 Era como imaginar um universo paralelo, onde as coisas foram um pouco diferentes. Aqui a escolha é por acompanhar um momento emblemático da história da França – e do mundo ocidental. Mas nada de aula de história, pois temos outros mistérios. Aqui, algo sobrenatural resultou na Revolução Francesa.

Em verdade, o prólogo é belíssimo, cria expectativas, e mostra o nível de capricho que a série procura manter durante toda a temporada. Sangue e neve temperam o início de tudo. A ambientação e a direção de arte chamam atenção logo de cara, tudo com uma fotografia que auxilia na inserção do espectador naquele mundo de suspense. Há um bom nível de detalhismo. O primeiro episódio começa muito bem. Posteriormente, segue um tom meio novelesco, os diálogos não impressionam, parece um pouco juvenil. Mas termina plantando a semente da curiosidade para o próximo.

O médico Joseph Guillotin (Amir El Kacem) faz o papel dos irmãos Winchester da série Supernatural. Descobrindo os casos suspeitos e enfrentando coisas inexplicáveis.

Sangue azul

É uma série de fantasia, ação e aventura. Não espere ver algo histórico. Só pegam o pano de fundo histórico para realizar um trabalho de imaginação e criam uma doença mirabolante com jeito de filme de terror para ser o estopim da Revolução Francesa. Lembrei de Game of Thrones e pensei que poderia seguir aquele caminho… mas não. É todo mundo se explicando o tempo todo, tudo mastigado para o espectador. A série busca uma epicidade que não alcança, mas tem um mote interessante. Nesse sentido, o capítulo 3 se sobressai com bastante ação e boas sequências. A imponência do personagem Oka (Didiou Masta) tem destaque no elenco junto com Albert Guillotin (Lionel Erdogan). Fazem boa dupla. Além disso, a metáfora do sangue azul é bem óbvia, né? É a doença que pega os nobres… que se alimentam dos pobres.

Por fim, essa ideia de dar um início diferente para a Revolução Francesa, a princípio, pode até entreter, mas dificilmente irá emocionar. Talvez seja só uma desculpa para o novo lema dos tempos modernos: liberdade, fraternidade, igualdade e maratona.